Fotos Jornal A Folha de São Paulo |
Depois de diversas operações que culminaram em muitos desgastes para a instituição, a Polícia Militar de São Paulo, recuou e permitiu que os usuários voltassem a Cracolândia, agora, localizada na Rua Helvétia, a 50 metros do local anterior.
Álvaro Batista Camilo, comandante geral da corporação decidiu que a tropa não mais interviria nos estreitos locais de aglomeração, que tem pouco movimento de transeuntes, diferentemente das marginais.
Sem poder usar bomba de efeito moral e balas de borracha, seria um risco para os policiais se confrontarem com os usuários, disse Camilo.
Na última quinta-feira (12), a polícia de São Paulo prendeu uma mulher que portava na mala de seu carro 16 mil pedras da droga, que seriam distribuídas e segundo as autoridades elas seriam consumidas em apenas um dia.
Na última quinta-feira (12), a polícia de São Paulo prendeu uma mulher que portava na mala de seu carro 16 mil pedras da droga, que seriam distribuídas e segundo as autoridades elas seriam consumidas em apenas um dia.
Os Defensores Públicos foram alvo de muitas críticas, que passaram a incentivar os usuários a permanecerem no local, por entenderem que a ação da polícia era arbitrária. Policiais levaram ao comando, que viram cinco defensores públicos conversando com viciados em uma barraquinha montada no local, para atendê-los, o que foi confirmado pela defensora pública Daniela Skromoy, do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, que acrescentou:
“Os defensores realmente "dialogaram" com usuários de droga. E explicaram a eles sobre direitos, incluindo o de ir e vir. Policiais também foram procurados para ouvir as mesmas explicações. "Conversamos sobre direitos. “Não estamos estimulando ninguém a ficar lá".
A Polícia Militar disse que seguirá com seu trabalho, seguindo as determinações imposta pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Nota do Redator: O trabalho da polícia na cracolândia começou sem que o estado estivesse aparelhado para receber e dar assistência aos dependentes, que passaram a vagar pelas ruas da cidade como verdadeiros zumbis, levando insegurança e medo à população. Um planejamento apresentado pelo governo federal, dias após o início da operação, mostrava que as operações seriam desencadeadas em diversos estados a partir do mês de abril. Conclusão, faltou comunicação e causou entre as instituições envolvidas um desgaste desnecessário. Tudo como antes no mar de Abrantes.
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