Apesar da direção da Fundação Biblioteca
Nacional, na Avenida Rio Branco, Centro do Rio de Janeiro, tentar minimizar os
prejuízos causados pelo vazamento em um duto do ar condicionado ocorrido na
última quarta-feira (03), só agora trazido a público, além de ter encharcado
obras da primeira metade do século XX, como jornais e manuscritos.
Funcionários que tiveram acesso aos locais,
disseram que ainda é impossível calcular os prejuízos dado o grande volume de
água que vazou.
Outro acidente do mesmo nível, que foi
mantido em sigilo, atingiu no início de abril a hemeroteca (depósito de jornais
e revistas) no prédio localizado na Praça Mauá, danificando 48 volumes do arquivo,
cada um com trinta exemplares.
Até um exemplar raríssimo de 1939 da “Revista
Infantil” foi molhado. Poças de 10 cm estavam entre as prateleiras e a
preocupação dos funcionários, era retirar os exemplares que estavam em lugar
mais baixo. Outra possível perda é a de exemplares do “Jornal de Notícias”, que
circulou há mais de cem anos, que tiveram suas páginas coladas pela água.
Foram atingidos mais de 1400 exemplares,
incluindo uma coleção de “Deutsche Volksblatt” editada entre 1871 e 1960, no
Rio Grande do Sul.
O período de secagem das obras molhadas na
sede levará até três meses, sem descartar a possibilidade de perda total de
alguma obra. Uma perda incomensurável.
Em janeiro de 2011 Galeno Amorim substitui
Muniz Sodré de Araújo Cabral, na presidência da Fundação Biblioteca Nacional.
Amorim foi o responsável pela criação da Feira Nacional do Livro em Ribeirão
Preto e em Brasília coordenou o Programa Geral do Livro e da Leitura e goza de
prestígio no Palácio do Planalto.
Nota do Redator: Apesar dos fatos serem
considerados acidentes, a omissão do acontecimento no caso da Praça Mauá e a minimização
do fato atual são faltas graves de quem dirige uma entidade de tal envergadura,
portanto, explicações devem ser dadas a
quem de direito.
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