terça-feira, 22 de maio de 2012

AI SE EU TE PEGO: PRESIDENTE DA CPI DO CACHOEIRA TEM FUNCIONÁRIA FANTASMA COMPOSITORA.







O anti-título da matéria não foi por acaso, mas, sim porque a co-autora da música cantada por Michel Teló, é funcionária fantasma no gabinete do senador Vital Rêgo, o mesmo que preside a CPI do Cachoeira, segundo o jornal “A Folha de São Paulo”.
A amarração de cachorro com linguiça não pára por aí. Maria Alice Maranhão, uma das filhas de José Maranhão, ex-governador do estado do Maranhão,  Ilianna Mota, mãe do deputado federal Hugo Motta e Ligia Suassuna,  prima do ex-senador Ney Suassunna, também fazem parte do time, com salários que variam entre R$ 2.000 a R$ 12,8 mil. Todas são dispensadas de comprovar presença.
O senador “empregueteiro” (tudo bem, criei a palavra agora), disse que estas pessoas “exercem funções setoriais no Estado”.
A “Ai se eu te pego!” Maria Eduarda Lucena dos Santos, apesar de ganhar, não trabalha, deixando esta “árdua incumbência” para o pai. Ela foi contratada como assistente parlamentar, talvez por isso, fica assistindo aos outros “trabalhar”, enquanto os R$ 3.450 mensais que recebe do dinheiro do erário vai pelos ralos.
Caros leitores, as aberrações não param por aí. Adelson Barbosa, pai da moça, que é jornalista e mais dois amigos, como trabalham em empresas privadas, recebem seus salários através da compositora “fantasminha”, por sugestão de Vital Rego, que disse não saber as funções desempenhadas por Eduarda.
Peço licença A Folha de São Paulo, para transcrever no Blog, na íntegra, a estarrecedora entrevista concedida ao jornal, de causar indignação em qualquer cidadão brasileiro de brio, qualidade esta,  que os envolvidos não conhecem:
 Folha - Como é o trabalho da sua filha no gabinete do senador?
Adelson Barbosa - Eu faço assessoria [de imprensa] para o senador Vital do Rêgo, junto com outros dois colegas jornalistas.
Como é o pagamento? É pela verba de representação?
O pagamento é através da minha filha, Maria Eduarda. Ele quando convidou a gente para fazer o trabalho, disse que não poderia nomear três pessoas. Ele sugeriu colocar uma pessoa e a gente divide o valor. Poderia ser no meu nome, ou no de um dos outros dois. Só que eu não podia, porque o Senado exigia não ter outro vínculo. E minha filha é estudante e sugeri que fosse no nome dela.
Os seus dois outros colegas também estão na situação de ter outro vínculo?
É, não podiam.
E aí você acumula com o cargo no Correio da Paraíba?
É, eu trabalho no Correio da Paraíba.
Como é a assessoria que você presta para o senador?
É assessoria de imprensa. Recebo informação do gabinete do senador e a gente divulga nos jornais.
E sua filha propriamente dita não vai ao escritório ou gabinete, quem faz o trabalho é você?
Quem faz o trabalho sou eu e meus outros dois colegas. O trabalho é de assessoria de imprensa e minha filha não é jornalista. Por exemplo, o senador está em João Pessoa e aí conversamos com ele sobre alguns assuntos e colocamos na imprensa local.
O valor é R$ 3.200?
É R$ 3.450, dá R$ 1.150 para cada um.
Quem sugeriu de colocar a sua filha? Foi você ou senador?
O senador disse que só poderia fornecer uma vaga. Como os outros não tinham outra pessoa para colocar, eu sugeri.
E ele topou?
É. Só quero esclarecer que um trabalha numa rádio e o outro tem um blog.
Mas você nesse trabalho publica no Correio da Paraíba?
A gente divulga de um modo geral na imprensa local.
Enquanto estes inescrupulosos brincam com o dinheiro público sem trabalhar, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário revelou que o brasileiro trabalhou até o dia 28 de maio, isto é, quase cento e cinquenta dias, para pagar e escorchante  carga tributária imposta pelo Brasil.

Nota do Redator: Aos cinquenta e seis anos, estou lutando por uma bolsa de estudos para cursar jornalismo e exerce ra profissão com dignidade e  honestidade, mas, as portas não se abrem, enquanto este pessoal debocha do povo brasileiro. As eleições estão chegando. Lembrem-se da resposta que os franceses deram nas urnas.

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