sexta-feira, 22 de julho de 2011

TRAGÉDIA SEM SOLUÇÃO: 18 ANOS DA CHACINA DA CANDELÁRIA.







Foi realizada na manhã desta sexta-feira (22), uma missa na Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, em memória aos mortos num crime que até hoje não tem solução. Há dezoito anos, no dia 23 de julho de 1993, seis menores e dois maiores moradores de rua que dormiam próximo à igreja foram assassinados por policiais militares. Na ocasião, duas hipóteses foram aventadas para a ação. A primeira é que no dia anterior, eles teriam atirado pedras em uma viatura da PM, já a outra fala sobre um possível assalto praticado pelas vítimas à mãe de um policial, entretanto, o Ministério Público assegurou que se tratava de um grupo de extermínio. Um dos sobreviventes foi Sandro Barbosa do Nascimento, que acabou morto depois de ter seqüestrado o ônibus 174 e matado uma professora. Os mortos da Candelária teem seus nomes escritos numa cruz de madeira colocada no jardim em frente à Igreja. São eles: Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos,,Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos, Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos, Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos, "Gambazinho", 17 anos, Leandro Santos da Conceição, 17 anos, Paulo José da Silva, 18 anos, Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos. Depois ao Ato Ecumênico, familiares das vítimas caminharam até a Cinelândia e receberam apoio de parentes que foram mortos em outras chacinas e até hoje lutam para apuração dos casos, sem nada conseguir.  A manifestação contou com a presença da Ministra-Chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Carmo Rosário e de alunos da Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo. Classes de trabalhadores também participaram do ato na Cinelândia e aproveitaram para renovar suas reivindicações. A população espera que o caso do menino Juan não tenha o mesmo desfecho das tragédias da Candelária e de Acari.




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