Por uma situação pelo menos “desconfortável” está passando a justiça brasileira. Contrariando o Código de Ética da Magistratura Brasileira, criado através do Conselho Nacional de Justiça no ano de 2008, o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli, aceitou que o advogado criminalista Roberto Podval pagasse para ele duas diárias no Capri Palace Hotel, na Itália, na condição de convidado. Segundo Podval, outros 200 convidados para o casamento tiveram o mesmo tratamento para poderem comparecer ao casamento do advogado e tiveram direito cujos preços das diárias variam entre R$ 1.400 e R$ 13,3 mil. Segundo o especialista em direito Ari Sundfeld, o magistrado deveria abdicar dos direitos de julgar processos nos quais o advogado represente uma das partes, para evitar a especulação de conflitos de interesse. E disse mais: “É preciso que a interpretação seja a mais restritiva, ainda que haja a íntima convicção que isso não afeta sua independência. O problema é o constrangimento causado a toda a instituição."
Nenhum comentário:
Postar um comentário