O tempo passa, o
tempo voa, e os políticos do Brasil, continuam numa boa. O hoje senador por
Alagoas Fernando Affonso Collor de Mello, eleito com uma quantidade edificante de
votos, há exatos vinte anos teve seu pedido de impeachment encaminhado a
Associação Brasileira de Imprensa e ao então presidente do Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil, Marcelo Lavenère.
Depois do clamor
público, onde pessoas de todas as idades foram às ruas com as caras pintadas
pedindo o afastamento do então presidente, por envolvimento em atos ilícitos,
cujo o comandante era Paulo César Farias, O PC Farias, assassinado juntamente com a mulher, o deputado Ibsen Pinheiro foi o portador do pedido e
no dia 29 de setembro do mesmo ano, por 441 votos a favor, 38 contra e 23
ausências, foi aprovada sua saída do poder.
Depois do
afastamento da presidência em 2 de outubro de 1992, o julgamento de Collor no
Senado Federal, foi marcado para o dia 29 de Dezembro. Num ato de
desespero e para não perder os direitos políticos ele renunciou, mas não
conseguiu evitar a inabilitação política e por setenta e seis votos favoráveis
contra cinco, ficou sem poder disputar cargo político por oito anos.
Em 2000, como se
nada tivesse acontecido, na cara de pau tentou lançar sua candidatura a
prefeitura de São Paulo, sem obter sucesso e em 2007 a governador de Alagoas,
tendo sido vencido por Ronaldo Lessa.
Como água mole em
pedra dura tanto bate até que fura, em 2007 candidatou-se a Senador por Alagoas
e como o povo tem memória curta o homenageou rendendo-lhe uma quantidade
expressiva de votos e até 2013, o indestrutível e temido homem que diz ter “aquilo
roxo”, estará sentado em uma cadeira do Senado Federal.
UM POUCO DE IBSEN
PINHEIRO, PARA GUARDAR AO LADO DO TÍTULO DE ELEITOR.
Por ironia do destino, cumpriu-se a profecia do roto falando do esfarrapado e em 1994, Ibsen Pinheiro teve seu mandato cassado pela CPI que investigava o “Escândalo dos Anões do Orçamento”, que desviava verbas públicas e ficou inelegível até o ano 2000, quando o Supremo Tribunal Federal arquivou o processo que o acusava de sonegação fiscal.
Assim como seu
acusado, em 2002 concorreu a vaga a deputado federal, sem sucesso, mas, em
2004, ressurgiu das cinzas como o Pássaro Fênix e, também, beneficiado pela
curta memória da população foi o vereador mais votado na cidade de Porto Alegre
e em seguida em 2006 por mais uma vez eleito deputado Federal.
Conquistou maior
número de desafetos, principalmente os cariocas, quando enviou em 2009 a Emenda
Ibsen Pinheiro, que retirou os royalties dos estados produtores de petróleo,
para divisão igual com os demais, provocando manifestações, mas, infelizmente os políticos não ouviram os
gritos da população e aprovaram a aberração concebida por ele.
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