Um funcionário
público, insatisfeito com os R$ 7.022,96 que recebe mensalmente, atendeu aos
chamados dos líderes sindicais da classe e aderiu a greve juntamente com seus
colegas de diversas entidades federais. Colocou o adesivo “estamos em greve” e
participou de diversas passeatas, entre elas a do dia 09 de agosto que reuniu
mais de três mil servidores, que tomaram a Avenida Rio Branco e pela força do
movimento achou que o governo cederia às reivindicações da classe.
Talvez, nos dias em
que não eram realizadas manifestações, aproveitou o “veranico de inverno” para
ir à praia, visitar parentes, usar o cartão de crédito nos shoppings, jogar uma
sinuquinha e beber uma gelada, sem se preocupar que a sua falta poderia estar
prejudicando a população, que paga seu salário, certo de que no final do mês,
seus vencimentos estariam à sua disposição, como sempre, já com o aumento
concedido.
Nesta quarta-feira
(22), antes de partir para a concentração de mais uma manifestação que sairia as dez horas da
Candelária, ele foi pegar a prévia do seu holerite do mês de agosto e teve a grande e inesperada surpresa.
Dos R$ 7.022,96 de
seus vencimentos foram descontados “apenas” R$ 7.022,96, referentes aos dias
parados por incentivo dos líderes e aí a “ficha” caiu.
Expressando o mesmo
sentimento, a maioria dos colegas deixou de comparecer e os líderes do
movimento, não escondiam o constrangimento das promessas que fizeram desde o
dia 03 de julho, data de início do movimento, dizendo que estavam fortes e o governo cederia aos seus
anseios.
Perplexo e pensando
como irá pagar as contas do mês, juntamente com seus colegas, cancelou a
passeata e foi tomar uma cerveja, desta vez chorando por ter acreditado em liderança sindical e ter
esquecido da família.
Talvez, hoje, os
demais que ainda se encontram em greve, repensem suas atitudes e voltem aos seus
locais de trabalho, que escolheram quando disputaram as vagas e sabiam quanto
ganhariam.
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