É sempre assim. Quatro Dias depois da tragédia com o bondinho de Santa Tereza, que matou cinco pessoas e feriu outras cinquenta e sete, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho, rompeu o silencia e a clausura e admitiu que a frota está sucateada e disse que problema de gerência por ter levado ao atual estado. Rogério Onofre, presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) foi nomeado interventor do sistema, que é administrado pela secretaria de Transportes. Somente três, dos catorze bondes encontram-se em condições de tráfego. O governador também disse que não há controle no tráfego de passageiros, por isso a superlotação é inevitável e que juntamente com autoridades de sociedade, procurará a melhor forma de funcionamento das composições. Alegou ainda, que foram investidos R$ 14 milhões para recuperação de bondes e trilhos, mas, voltou a enfatizar que faltou gerência no emprego da verba.
As declarações de Cabral foram dadas, na cerimônia de doação de R$ 30 milhões pelo empresário Eike Batista, para terminar a construção do Hospital Pro Criança, em Botafogo, zona Sul do Rio. Especulou-se sobre a demissão ao atual secretário de transportes Júlio Lopes, o que o governador esquivou-se a responder e mais uma vez, depois de mais um trágico acontecimento, hipotecou solidariedade às famílias das vítimas.
Notas do Redator:
1) É estranho, que enquanto a Associação de Moradores, reclamava por diversas vezes com as autoridades sobre o estado das composições e o abandono de uma patrimônio Carioca, se não Nacional , somente agora, o governador tem conhecimento dos fatos.
2) A nobre atitude do empresário Eike Batista, demonstra mais uma vez, que “não há” nenhum tipo de interesse na amizade dele com o governador. Tudo “implicância” da oposição.
3) Quando se fala em ingerência, a população deve lembrar do nome de Júlio Lopes, cuja administração já protagonizou fatos lamentáveis ocorridos com os trens da supervia e do metrô, barcas, ônibus e agora com o bondinho de Santa Tereza. Mantê-lo do cargo, seria uma ingerência, do governador Sérgio Cabral. Será que mais pessoas terão que morrer para que isto seja modificado?
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