Ainda dizem que no
Brasil não existe preconceito racial e que
somos todos verdes, mas na concepção do ministro Marcos Aurélio Melo, verdes claros
devem ficar na frente e verdes escuros atrás, pela sua demonstração ao se
referir a virtual nomeação do relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa,
que vem tirando o sono de muita gente.
Na última quinta-feira
(27), ele lançou dúvidas sobre o assunto dizendo uma de suas muitas pérolas,
que pedimos licença ao jornal O Globo, para transcrevê-las na íntegra: “- Como
ele (Joaquim Barbosa) vai coordenar o tribunal (quando se tornar presidente em
novembro)? Como ele vai se relacionar com os demais órgãos, com os demais
poderes. Não sei. Mas vamos esperar. Nada como um dia atrás do outro”.
A megalomania e
arrogância de Mello foram mais além quando acrescentou: “- Eu fico muito
preocupado diante do que percebo no plenário. Eu sempre repito: o presidente é
um coordenador. Ele é algodão entre cristais. Ele não pode ser metal entre
cristais”.
Barbosa, que não
deve nada a ninguém e não tem papas na língua, devolveu ao invejoso e declarado
desafeto, também colocando em dúvida a sua chegada ao cargo, por ser parente do
ex-presidente expurgado do poder Fernando Collor de Mello, responsável pela sua
nomeação, acrescentando: “Ao contrário
de quem me ofende momentaneamente, devo toda a minha ascensão profissional a
estudos aprofundados, à submissão múltipla a inúmeros e diversificados métodos
de avaliação acadêmica e profissional. Jamais me vali ou tirei proveito de
relações de natureza familiar”.
Joaquim Barbosa, que
hoje tem sua credibilidade e capacidade, não perdeu tempo e também desdenhou do
preparo de Melo, dizendo que ele não tinha estudado o suficiente para assumir o
cargo e se não fosse o parentesco, ali não estaria.
Farpas a parte, a
verdade é que Barbosa tem sido a “pedra no sapato” de muita gente e ainda terá
muito que lutar contra a inveja e o preconceito que ainda perpetua no coração
de muitos brasileiros, que vivem num país de diversas etnias, mas, que
lamentavelmente reagem de forma contrária, como Marco Aurélio, quando um negro
assume uma posição de destaque e não se vende como Georgina (aquela do golpe do
INSS).
Que venha outros
Barbosas por aí, sejam eles de qualquer raça e credo religioso, o importante é
ser honesto e honrar o maior patrimônio que temos: NOSSO NOME. O resto é consequência.
Um comentário:
BRAVO!!!!!
"Que venha outros Barbosas por aí, sejam eles de qualquer raça e credo religioso, o importante é ser honesto e honrar o maior patrimônio que temo: NOSSO NOME. O resto é consequência."(J.CarlosCarvalho)
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