sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BARBAS DE MOLHO: REJEITADOS POR PARENTES, PACIENTES MORAM EM HOSPITAIS.




A palavra morar, não está sendo empregada no sentido figurado e expressa a verdadeira situação de muitos pacientes que foram rejeitados até por filhos e hoje tem como família, médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais. A triste constatação é do jornal “A Folha de São Paulo”.
Rosa, de sessenta e um ano , depois de rejeitada pela irmã, pela prima e pasmem, pela filha, permanece internada num hospital de São Paulo depois de sofrer um aneurisma cerebral.
Ainda segundo o jornal, que localizou 120 pacientes em condições de alta hospitalar, que se encontram internados no Hospital Auxiliar de Suzano, apenso ao Hospital das Clínicas e no Hospital D. Pedro II, ligado à Santa Casa da Misericórdia, o número de abandonados cresce a cada dia, chegando a vinte por cento dos internados.
Alarmado com a situação, o Ministério Público de São Paulo, através da Promotoria dos Direitos Humanos do Idoso, abriu um inquérito, solicitando ao Estado e ao Município, que providenciem locais de acolhimento para estas pessoas, que estão correndo risco de contrariem infecções e outras doenças, se continuarem nas unidades hospitalares.
O caso se Dona rosa, é apenas um dos muitos casos tristes destas histórias. Apesar de saber da rejeição da filha, criou a fantasia de que a filha não a foi buscar, por pensar que ela esteja morta.
Morando há 67 anos no Hospital D. Pedro II, com paralisia nas pernas, Damaris Felipe dos Santos, foi deixado lá aos 11 anos de idade e ninguém nunca mais pareceu para vê-lo e muito menos buscá-lo e vive do amor daqueles que dedicam suas vidas para cuidar de outras. O povo que se diz hospitaleiro com pessoas vindas de outros lugares, deixa seu ente querido num hospital. Um triste registro. E estamos falando apenas de São Paulo.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo disponibiliza um site para que se encontrem pacientes sem identificação que se encontram internados, que é:
 http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/acesso-rapido/pacientes-nao-identificados


PENSAMENTO DO REDATOR:

Não queremos generalizar, mas, em muitos casos, enquanto gozamos de saúde, mesmo que um pouco debilitada, podemos oferecer benesses a aqueles que nos cercam somos cercados carinhos, afagos, juras de amor, enfim, tudo aquilo que precisamos dentro do seio familiar. Conhecemos pessoas, que cuidaram de pais e mães até seus falecimentos e foram injustiçados e ainda são, pelos lados interesseiros, que queriam apenas os frutos à colher.

Lamentavelmente, não nos damos conta e quando isso acontece criamos fantasias assim como Dona Rosa. Se internados e não visitados, damos a desculpa que eles teem o que fazer junto a suas famílias. Se não recebemos ao menos um telefonema via celular, culpamos a operadora, que não coloca antenas disponíveis. E assim vamos dando desculpas, desculpas, até que cheguemos ao final solitários.

Não nos iludamos caros leitores, porque ninguém gosta mais de nós do que nós. Vivam aqueles que cumpriram com o seu dever e vivam a vida,  aqueles que não estão livres de passar pelos casos abordados na matéria.
Eu não me iludo. Palavra do blogueiro.


 

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