Se alguma
providencia não for tomada imediatamente, o Brasil corre o risco de passar por uma grande
tragédia na sua cultura. Depois da inundação
que ocorreu no mês de maio passado, atingindo mais de oitocentos
exemplares de livros e revistas que tiveram que ser restaurados, agora, o
perigo que ronda o acervo de mais de 9 milhões de livros da Biblioteca Nacional, é a ameaça de um grande incêndio que poderá acontecer a qualquer momento, em virtude da precariedade das instalações elétricas e das falhas de segurança.
Segundo relatório
apresentado à diretoria da entidade, além da falta de extintores, existem hidrantes confinados em lugar de difícil acesso. Outro absurdo, é a falta da escada de escape,
para os frequentadores e os seiscentos funcionários que ali trabalham.
Ainda segundo a
inspeção, existem portas para evasão, bloqueadas magneticamente e por muretas
de concreto. O descaso é tanto, que livros espalhados aleatoriamente pelo chão e
as gambiarras de fios poderão a qualquer momento provocar um curto circuito, seguido de sinistro de grande
proporção.
Recentemente, uma
carta da Ministra da Cultura Ana de Hollanda, para a sua colega Miriam Belchior
(Planejamento) reclamando dos cortes de verbas em seu ministério, causou
desconforto no governo, mas, com esta revelação da vistoria realizada na
Biblioteca Nacional, ninguém pode tirar a razão da ministra.
Carla Camuratti
mostrou competência e arrojo, quando contratou as obras do Theatro Municipal do
Rio de Janeiro, devolvendo aos frequentadores e funcionários o prazer de estar na casa.
Galeno Amorim, que há
dezoito meses assumiu a presidência da instituição, tem prestígio com a
presidenta Dilma Rousseff e ao invés de ficar emitindo notas desculpando-se pelas mazelas da instituição, deve sim, solicitar ao Palácio do Planalto, que não
deixe que esta tragédia aconteça, tornado-se uma vergonha para os brasileiros. Chega de incompetência. Parece a diretoria do Flamengo.
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