A visível falta do
que fazer, leva entidades a tomarem atitudes que nada soma para a convivência
pacífica das raças. O livro, “Caçadas de Pedrinho” escrito por Monteiro Lobato
é alvo de julgamento no Supremo Tribunal Federal, por que no entendimento do
Instituto Nacional de Advocacia Racial (IARA), existem termos racistas em seu
conteúdo. A publicação que foi adquirida em 2009 para ser distribuída nas
escolas pelo Programa Nacional de Biblioteca, desenvolvido pelo MEC, agora
esbarra na intolerância daqueles que se dizem discriminados ao ler ou ouvir
termologias usadas comumente na época de 1920 e que deveriam ser ensinadas aos
meninos e meninas de hoje, sem o menor constrangimento.
Não satisfeito, o
mesmo instituto que deveria está cuidando de coisas mais relevantes, enviou na
última terça-feira (26), uma representação a Controladoria Geral da União
contra outra obra de Lobato, cujo título é “Negrinha”, pelos mesmos motivos
alegados contra a primeira.
Para que o leitor
tenha noção do tamanho do absurdo, transcreveremos na íntegra, as “ofensas”
encontradas pelo IARA, na segunda obra em questão:
“Damião olhou para a pequena: (Lucrecia) era
uma negrinha, magricela, um frangalho de nada, com uma cicatriz na testa e uma
queimadura na mão esquerda. Contava onze anos."
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. [...] Assim cresceu Negrinha - magra, atrofiada [...] O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões."
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. [...] Assim cresceu Negrinha - magra, atrofiada [...] O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões."
Estudiosos mais
inteligentes do que os membros do IARA, diagnosticam que na publicação são usados
termos da época e retratam a desigualdade social entre negros e brancos,
durante o período escravagista.
Com relação a “Caçadas
de Pedrinho” a frase: “"Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos
reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão", foi o pomo da discórdia
que provocou a reação do Iara.
O Iara, deveria se
preocupar com as comunidades onde brancos, negros, cafuzos, mamelucos e
caboclos, vivem sem o mínimo de saneamento básico e tentar fazer um trabalho de
igualdade e não ver discriminação em obras que levaram o Brasil ao
reconhecimento mundial.
Sou negrinho!
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