quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FALTA DO QUE FAZER: ENTIDADE TENTA CENSURAR LIVROS DE MONTEIRO LOBATO.



 
 



 
A visível falta do que fazer, leva entidades a tomarem atitudes que nada soma para a convivência pacífica das raças. O livro, “Caçadas de Pedrinho” escrito por Monteiro Lobato é alvo de julgamento no Supremo Tribunal Federal, por que no entendimento do Instituto Nacional de Advocacia Racial (IARA), existem termos racistas em seu conteúdo. A publicação que foi adquirida em 2009 para ser distribuída nas escolas pelo Programa Nacional de Biblioteca, desenvolvido pelo MEC, agora esbarra na intolerância daqueles que se dizem discriminados ao ler ou ouvir termologias usadas comumente na época de 1920 e que deveriam ser ensinadas aos meninos e meninas de hoje, sem o menor constrangimento.
Não satisfeito, o mesmo instituto que deveria está cuidando de coisas mais relevantes, enviou na última terça-feira (26), uma representação a Controladoria Geral da União contra outra obra de Lobato, cujo título é “Negrinha”, pelos mesmos motivos alegados contra a primeira.
Para que o leitor tenha noção do tamanho do absurdo, transcreveremos na íntegra, as “ofensas” encontradas pelo IARA, na segunda obra em questão:
 “Damião olhou para a pequena: (Lucrecia) era uma negrinha, magricela, um frangalho de nada, com uma cicatriz na testa e uma queimadura na mão esquerda. Contava onze anos."
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. [...] Assim cresceu Negrinha - magra, atrofiada [...] O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões."
Estudiosos mais inteligentes do que os membros do IARA, diagnosticam que na publicação são usados termos da época e retratam a desigualdade social entre negros e brancos, durante o período escravagista.
Com relação a “Caçadas de Pedrinho” a frase: “"Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão", foi o pomo da discórdia que provocou a reação do Iara.
O Iara, deveria se preocupar com as comunidades onde brancos, negros, cafuzos, mamelucos e caboclos, vivem sem o mínimo de saneamento básico e tentar fazer um trabalho de igualdade e não ver discriminação em obras que levaram o Brasil ao reconhecimento mundial.
Sou negrinho!

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