O nobre leitor deve
ter viva na memória, a figura do “grande” engenheiro brasileiro Sérgio Naya,
aquele que construía casas de areia e mesmo assim viveu durante muito tempo o
nababo e debochava do povo brasileiro, brindando seu sucesso em taça de
cristal, mas, mesmo assim, foi eleito deputado e morreu usufruindo a pensão
paga pela população, sem eu ninguém fizesse alguma oposição.
A inversão de
valores atinge a um capacitado engenheiro português que vive no Brasil há 11 meses
e não consegue espaço na sua área e se diz surpreso com a burocracia, tão
conhecida por nós, para se estabelecer. Luiz Gomes, de trinta anos, formado
pelo renomado Instituto Superior Técnico de Portugal, que comanda obras em
diversos estados do país, tem que passar pela humilhação de ter que pedir a
colegas brasileiros, para assinarem seus trabalhos, apesar de ser formado em
engenharia a seis anos e meio. Até agora, o acordo firmado entre Brasil e
Portugal, não homologou o reconhecimento de seu diploma, apesar da escassez de
mão de obra qualificada na área e o aumento do número de engenheiros
portugueses no mercado.
Gomes, diz conhecer
patrícios que tiveram que cursar disciplinas no Brasil e outros que até hoje
sequer receberam resposta de reconhecimento.
Enquanto o Brasil
dispensa mão de obra qualifica, na China, a empresa de engenharia Broad
Sustainable Building (BS), pretende em apenas três meses, construir na cidade
de Changsha, um edifício de 220 andares, para ocupação mista (escritórios e
residências), que terá 838 metros de altura, empregando cerca de 70 a 120 mil
pessoas, cujo custo será de quatrocentos milhões de euros.
Pelo visto, as
autoridades brasileiras estão querendo contratar para o local do engenheiro
português, aquele capacitado, que foi responsável pelas obras do edifício da
Rua Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro. Coisas de um país tropical.
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