Quando disse em matéria anterior que a nossa omissão também contribui para que irregularidades sejam cometidas em condomínios, muitos fizeram coro e agora a coisa de materializa.
Depois da tragédia dos prédios que desabaram no Rio de Janeiro, deixando mortos e feridos, somente agora, a promotora de eventos revelou ao jornal o Globo, que o entulho provenientes as obras que estavam sendo realizadas no edifício Liberdade, era guardado no vigésimo andar, num local que anteriormente servia de dormitório para o zelador.
Iris Ribeiro, trabalhava há dês anos no prédio na empresa de turismo CM&O no 14º andar, revelou ainda que era habitual que os restos das obras fossem colocados naquele local, até a remoção definitiva. A TO Tecnologia Organizacional iniciou as obras a treze dias antes do acontecimento fatídico. Segundo Sérgio Alves de Oliveira, sócio da empresa, o entulho foi retirado antes do acontecimento, contrariando o depoimento de Iris, que é categórica em afirmar que “tudo estava lá no dia da tragédia”.
Também descobriu-se que na noite do acontecimento, os operários que trabalhavam nas obras subiram com 35 tijolos, seis sacos de cimento de 50 quilos cada, dois metros cúbicos de areai e quarenta sacos de gesso, que somados pesavam 2,7 toneladas.
Na manhã desta terça-feira, as pessoas que passavam pelo local, olhavam como se não tivessem acreditando no que aconteceu. Homens trabalhavam no topo do prédio anexo, retirando materiais que estão soltos.
Nota do Redator: Se isto tivesse sido denunciado, pelo menos fariam alguma coisa e quem sabe a tragédia seria evitada. Se considerados culpados pelos desabamentos, os empresários podem “cumprir pena” pagando cestas básicas, o que um absurdo para punir tanta irresponsabilidade que tirou vida de várias pessoas, algumas delas, sequer serão encontradas. O código penal brasileiro tem que ser revisto urgentemente e não punir apenas, pobres, pretos e prostitutas. É o código pela dos três “ps”.
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