DESPREPARO: VIGILANTE DE BANCO ASSASSINA CLIENTE EM SÃO PAULO.

A reação de Antônio Codol, de trinta e três anos que foi assassinado covardemente com três tiros pelas costas dados por um vigilante dentro de uma agência bancária em São Paulo, não é difícil de ser entendida. Todos sabem as humilhações que muitos passam nas portas dos bancos, quando a porta trava e o assunto só tem repercussão quando se trata de pessoas famosas, como foi o caso da atriz Solange Couto, que tirou a roupa em plena rua, depois de ter sido praticamente “torturada” para poder entrar numa agência bancária. Presenciei numa agência da Caixa Econômica Federal do Centro do Rio de Janeiro, uma franzina senhora tendo que quase repetir o ato de Solange, tamanha a humilhação. O que não se entende, é que um homem depois de passar por dezesseis dias de treinamento apenas sai as ruas portando em seu coldre um revolver calibre trinta e oito, para  cometer um ato criminoso como aquele, numa nítida demonstração de despreparo para a função. A banalização no uso de armas por qualquer pessoa está trazendo consequências desastrosas como a daquele menino de dez anos, que se matou, após ter atirado na professora. Na manhã desta terça-feira (04), na cidade de Rio Grande, também em São Paulo, outro menino de dez anos foi flagrado na sala de aula portando um revolver, que julgava ser de brinquedo. Por sorte, segundo informações da polícia, a arma estava sem munição e não tinha condições de uso. Voltando ao caso dos vigilantes, é preciso uma avaliação urgente, inclusive psicológica destes homens que estão protegendo o patrimônio alheio, mas, causando pavor à população. Observem a tensão deles no momento da transferência de valores nos carros fortes e a forma como seguram as armas. O estampido de uma simples bombinha de São João pode fazer eclodir um tiroteio sem precedentes, que com certeza, inocentes sofrerão a consequências.