Carlos
Roberto de Oliveira, que nasceu em 14 de fevereiro de 1946, na favela do bairro
de Jacutinga, em Mesquita, destacou-se na música popular brasileira, pela
irreverência e letras de duplo sentido.
Companheiro
de “malandros”, como Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Osmar Breque, gravou
e compôs sambas que trilhavam para o bom humor. Desde criança, frequentava as
rodas de samba organizadas no terreiro por sua mãe, que era “Mãe de Santo”.
O
nome Dicró surgiu, segundo o poeta Sérgio Portela, de uma “mutação” na grafia
de “DeCRO”, que vinha estampada em suas composições, passando para “Di CRO” e
depois para a que o tornou famoso.
Sua
marca registrada era falar da própria casa, principalmente das sogra, que ele
dizia que parecia um “sapatão”. Em outra oportunidade, disse que mandou a sua “nega”
para o inferno e o “coisa ruim” não quis aceitar.
Um
dos mais fervorosos responsáveis pela criação do Piscinão de Ramos, onde tinha
um trailer que reunia pagodeiros de diversos bairros, não suportou a ganância das
gravadoras, passou a produziu seus CDs, que vendia no Largo da Carioca, região
Central do Rio.
Diabético,
esteve internado no Hospital dos Servidores do Estado, e na noite da última quarta-feira
(26), não resistiu a um infarto, depois de passar uma seção de hemodiálise no
Hospital de Magé.
Deixa
como legado, músicas divertidas e o bom humor de seus sambas, que animavam os
churrascos das famílias no fim de semana. Hoje tem muita piada no céu. Descanse
em paz.
Nota
do Redator: Tive o prazer de privar de alguns momentos de Dicró. Um deles que foi
quando recebeu o troféu de destaque do ano, ainda no antigo Escala, de Chico
Recarey. As fotos estão muito bem guardadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário