quarta-feira, 4 de abril de 2012

GOLPE: TRÊS MIL VÍTIMAS DE FALSOS EMPRÉSTIMOS.


Apesar dos alertas das autoridades e meios de comunicação, a necessidade ainda leva pessoas a caírem nos chamados “contos do vigário”. A polícia de São Paulo começou a desbaratar, prendendo quatro pessoas, uma quadrilha que estava sendo monitorada a quinze dias,  que atraía pessoas endividadas e aplicavam o golpe do falso empréstimo.
Segundo estimativa da polícia paulista, cerca de três mil pessoas, caíram na armadilha. Um homem que usa três nomes falsos, era um dos responsáveis pelos contatos  e oferecia facilidade e rapidez na obtenção do crédito, desde que recebesse um “suporte” pela intermediação. Numa transação de R$ 10 mil, ele embolsava R$ 805 do incauto.
Vejam a transcrição das gravações, obtidas pela polícia e repassada para o portal de notícias G1, da Globo.
 “Com relação à identificação da sua ficha, primeiro eu quero te dar os parabéns, te dar o abraço, o respeito, o carinho da empresa. O senhor está apto a ter o empréstimo”, disse o golpista.
Um deles pediu R$ 10 mil.
Vítima - Aí você me passa o valor, por favor?
Golpista - Para R$ 10 mil, você paga R$ 805 de suporte. Eu já libero esses R$ 10 mil na sua conta, livre, para saque imediato, e daqui a 30 dias você começa a pagar as prestações através do carnê em qualquer agência bancária.
A quadrilha só negociava por telefone.
Vítima - Olha, eu estou aqui com o comprovante aqui, da ordem de pagamento.
Golpista  - Eu já te passo o e-mail e já providencio a liberação, tá ok?
Três dias depois, nada do empréstimo, e o golpista queria mais dinheiro.
Golpista - Porto Real Empréstimo, bom dia.
Vítima - Paguei na sexta-feira, R$ 805.
Golpista - Então, não foi feita essa liberação, em razão do não pagamento do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras. Para se liberar os R$ 10 mil, o senhor tem que pagar o imposto.
Vítima - O imposto é de quanto?
Golpista - R$ 399. Se conseguir arrumar esse dinheiro emprestado aí, eu libero os R$ 10 mil na hora para o senhor.
Quando a polícia chegou ao local indicado pela “empresa”, só havia a central telefônica usada pela quadrilha. O delegado responsável pela investigação chegou atender ao telefone  e alertou que eles estavam prestes a entrar em mais um golpe, se a quadrilha não tivesse sido dizimada.

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