terça-feira, 28 de agosto de 2012

O POVO SEM MEMÓRIA: PEDIDO DE IMPEACHAMENT DE COLLOR COMPLETA 20 ANOS.


Passeata de estudantes pedindo a saída do Presidente Fernando Collor, na avenida Paulista

Paulo César Farias, empresário


O tempo passa, o tempo voa, e os políticos do Brasil, continuam numa boa. O hoje senador por Alagoas Fernando Affonso Collor de Mello, eleito com uma quantidade edificante de votos, há exatos vinte anos teve seu pedido de impeachment encaminhado a Associação Brasileira de Imprensa e ao então presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcelo Lavenère.
Depois do clamor público, onde pessoas de todas as idades foram às ruas com as caras pintadas pedindo o afastamento do então presidente, por envolvimento em atos ilícitos, cujo o comandante era Paulo César Farias, O PC Farias,  assassinado juntamente com a mulher, o deputado Ibsen Pinheiro foi o portador do pedido e no dia 29 de setembro do mesmo ano, por 441 votos a favor, 38 contra e 23 ausências, foi aprovada sua saída do poder.
Depois do afastamento da presidência em 2 de outubro de 1992, o julgamento de Collor no Senado Federal, foi marcado para o dia 29 de Dezembro. Num ato de desespero e para não perder os direitos políticos ele renunciou, mas não conseguiu evitar a inabilitação política e por setenta e seis votos favoráveis contra cinco, ficou sem poder disputar cargo político por oito anos.
Em 2000, como se nada tivesse acontecido, na cara de pau tentou lançar sua candidatura a prefeitura de São Paulo, sem obter sucesso e em 2007 a governador de Alagoas, tendo sido vencido por Ronaldo Lessa.
Como água mole em pedra dura tanto bate até que fura, em 2007 candidatou-se a Senador por Alagoas e como o povo tem memória curta o homenageou rendendo-lhe uma quantidade expressiva de votos e até 2013, o indestrutível e temido homem que diz ter “aquilo roxo”, estará sentado em uma cadeira do Senado Federal.


UM POUCO DE IBSEN PINHEIRO, PARA GUARDAR AO LADO DO TÍTULO DE ELEITOR.

Por ironia do destino, cumpriu-se a profecia do roto falando do esfarrapado e em 1994, Ibsen Pinheiro teve seu mandato cassado pela CPI que investigava o “Escândalo dos Anões do Orçamento”, que desviava verbas públicas e ficou inelegível até o ano 2000, quando o Supremo Tribunal Federal arquivou o processo que o acusava de sonegação fiscal.
Assim como seu acusado, em 2002 concorreu a vaga a deputado federal, sem sucesso, mas, em 2004, ressurgiu das cinzas como o Pássaro Fênix e, também, beneficiado pela curta memória da população foi o vereador mais votado na cidade de Porto Alegre e em seguida em 2006 por mais uma vez eleito deputado Federal.
Conquistou maior número de desafetos, principalmente os cariocas, quando enviou em 2009 a Emenda Ibsen Pinheiro, que retirou os royalties dos estados produtores de petróleo, para divisão igual com os demais, provocando manifestações, mas,  infelizmente os políticos não ouviram os gritos da população e aprovaram a aberração concebida por ele.

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