quarta-feira, 22 de agosto de 2012

E AGORA, QUEM PAGARÁ AS CONTAS? FUNCIONÁRIOS FEDERAIS RECEBEM CONTRACHEQUES ZERADOS. A HISTÓRIA DE UM FUNCIONÁRIO PUBLICO EM GREVE.


Um funcionário público, insatisfeito com os R$ 7.022,96 que recebe mensalmente, atendeu aos chamados dos líderes sindicais da classe e aderiu a greve juntamente com seus colegas de diversas entidades federais. Colocou o adesivo “estamos em greve” e participou de diversas passeatas, entre elas a do dia 09 de agosto que reuniu mais de três mil servidores, que tomaram a Avenida Rio Branco e pela força do movimento achou que o governo cederia às reivindicações da classe.
Talvez, nos dias em que não eram realizadas manifestações, aproveitou o “veranico de inverno” para ir à praia, visitar parentes, usar o cartão de crédito nos shoppings, jogar uma sinuquinha e beber uma gelada, sem se preocupar que a sua falta poderia estar prejudicando a população, que paga seu salário, certo de que no final do mês, seus vencimentos estariam à sua disposição, como sempre, já com o aumento concedido.
Nesta quarta-feira (22), antes de partir para a concentração de mais uma  manifestação que sairia as dez horas da Candelária, ele foi pegar a prévia do seu  holerite do mês de agosto e teve  a grande e inesperada surpresa.
Dos R$ 7.022,96 de seus vencimentos foram descontados “apenas” R$ 7.022,96, referentes aos dias parados por incentivo dos líderes e aí a “ficha” caiu.
Expressando o mesmo sentimento, a maioria dos colegas deixou de comparecer e os líderes do movimento, não escondiam o constrangimento das promessas que fizeram desde o dia 03 de julho, data de início do movimento, dizendo que  estavam fortes e o governo cederia aos seus anseios.
Perplexo e pensando como irá pagar as contas do mês, juntamente com seus colegas, cancelou a passeata e foi tomar uma cerveja, desta vez chorando por ter  acreditado em liderança sindical e ter esquecido da família.
Talvez, hoje, os demais que ainda se encontram em greve, repensem suas atitudes e voltem aos seus locais de trabalho, que escolheram quando disputaram as vagas e sabiam quanto ganhariam. 

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