terça-feira, 1 de novembro de 2011

LULA: REAÇÃO A PROCEDIMENTO PODE ADIAR ALTA.


Lula deve ter 
alta à tarde,
diz médico (Ricardo Stuckert/Divulgação )
Foto: Instituto Lula
Prevista para o início da tarde desta terça-feira (01), a alta de Lula do Sírio-Libanês pode ser adiada. A alta carga quimioterápica aplicada no paciente provoca reações e os médicos querem medi-las de perto. Durante a manhã, novos exames foram realizados para avaliar o impacto do tratamento, já que a primeira dose é muito forte, diferentemente da que foi aplicada na presidenta Dilma Rousseff em 2009, para combater um câncer linfático. Vejam o que diz o Oncologista Dr. Sebastião Cabral Filho, sobre os efeitos, que Lula se submeterá.

Quimioterapia/ Efeitos colaterais

Constituída por medicamentos que normalmente são administrados de forma isolada ou associados entre si, por via intravenosa, o objetivo da quimioterapia é destruir células tumorais e preservar as células normais. Porém, a maioria das drogas quimioterápicas existentes no mercado atua tanto nas células normais como nas malignas, criando assim o chamado efeito colateral.

A quimioterapia atua de forma intensa nas células que se proliferam rapidamente. Normalmente as células da pele, a mucosa, os glóbulos vermelhos, plaquetas, glóbulos brancos (chamados de leucócitos), como também as células germinativas que dão origem aos espermatozóides e óvulos são alguns dos exemplos. Portanto, os efeitos colaterais da quimioterapia provem dessas células ao serem atingidas. Com isso, pode acontecer a queda de cabelos (alopecia), a mucosite que são as aftas, diarréias, como também, pode ocorrer uma maior predisposição às infecções devido à diminuição dos leucócitos, a anemia em conseqüência da diminuição dos glóbulos vermelhos. Além disso, a pessoa que passa por este tipo de tratamento pode sofrer também com um maior risco de sangramento devido à diminuição das plaquetas do sangue e a esterilidade devido à destruição das células germinativas.

Atualmente por causa de medicamentos mais modernos, vários efeitos colaterais podem ser atenuados. Como conseqüência, hoje já é possível minimizar estes efeitos colaterais como as náuseas e vômitos decorrentes da quimioterapia por meio de medicações potentes de última geração. Por um outro lado, é possível conseguir ainda a diminuição dos riscos de infecção e anemia, através da adoção de medicamentos preventivos. Além disso, é preciso lembrar que os efeitos colaterais provenientes da quimioterapia desaparecem após o término do tratamento.

Os efeitos colaterais da quimioterapia podem ser muito mais intensos ou menos intensos que os efeitos da radioterapia. Isto tudo depende do tipo, local, intensidade e a duração do tratamento empregado. Por exemplo, uma radioterapia, no caso de um tumor localizado, por exemplo, na coxa da perna tem normalmente muito menos efeitos colaterais do que a radioterapia para um câncer de pulmão. Uma quimioterapia para uma leucemia é altamente tóxica, enquanto que a quimioterapia para um câncer de intestino é bem tolerada.

Diferenças

 radioterapia consiste na radiação (ionizante) por uma determinada máquina que direcionada ao tumorou a uma determinada região atingida, tem o objetivo de destruir as células malignas. Como a quimioterapia, a radioterapia também lesa as células normais. Porém, neste caso, os chamados efeitos colaterais normalmente se restringem ao órgão, a uma determinada estrutura que será irradiada. Aradioterapia é indicada quando se deseja tratar apenas um local onde é direcionada a irradiação. 

A quimioterapia é indicada de uma forma geral quando a doença não se restringe a apenas um local. Aradioterapia pode também ser utilizada em caráter paliativo, com o objetivo de amenizar a dor em alguns tipos de metástases , como nos casos de metástases ósseas de qualquer tumor. A quimioterapia eradioterapia são as duas formas de tratamento do câncer que diferem entre si, mas que muitas vezes, conseguem curar determinados tipos de câncer . Mas vale lembrar sempre que o diagnóstico precoce é extremamente importante. Por exemplo, quando mais rápido cresce um tumor, melhor será a resposta à quimioterapia. Portanto, prevenir é sempre o melhor a fazer.

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