terça-feira, 29 de março de 2011

DECLARAÇÕES DE BOLSONARO REFLETEM O PENSAMENTO DE PARTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA.


A “metralhadora” discriminatória que o Deputado Jair Bolsonaro disparou contra negros e homossexuais, reflete o pensamento de muitos brasileiros que fazem questão de enfatizar que no país não existe discriminação. Vivencio diariamente esta desfaçatez. Algumas pessoas “elogiam” minha forma de ser, chamando-me de “preto de alma branca,” como se alma tivesse cor. Recentemente, um deputado se referiu ao Ministro Joaquim Barbosa como, “ moreno escuro”. Quando da visita presidente Barack Obama e de sua família ao Brasil, presenciei a contrariedade de muitos que acharam exagerada a segurança (isto não discuto), mas ouvi frases como: “tudo isto por causa de um neguinho”. Outro disse: “ isto é coisa de preto” e por aí vai. Com relação ao reality show que termina hoje, as pessoas não admitiram a participação de lésbicas e de um gay assumido, diferentemente de muitos preconceituosos. Bolsonaro, ao se referir a Preta Gil, deu voz a muitos que por covardia não teem coragem de emitir suas opiniões, mas querem segregar, aqueles que eles acham que por causa da cor ou opções religiosa ou sexual, são inferiores. A meu ver, são mínimas as ações que Preta, aliás, Negra Gil e a Presidente dos Direitos Humanos, Manoela D' ávila tomarão contra o parlamentar, pois num país, onde cafuzos, negros, brancos, índios , mamelucos e caboclos, levaram-no ao poder que ele pensa ser detentor, a perda do mandato seria a melhor solução, para resgatar o respeito aos brasileiros, sejam eles de quaisquer etnias, religiosidades ou preferências sexuais. Por este e outros motivos é que não me curvo, não me curvarei e não deixarei que nenhum de meus ascendentes ou descendentes o façam a qualquer preço, porque dignidade se mede de outra forma. Bolsonaro, é digno de pena, assim como muitos. I'm black and proud! 


Leiam o que diz o blogueiro Rodrigues Guedes Barbosa.

h1

Afrodescendente

02/02/2010
Não entendo o porquê de em alguns lugares do mundo, como no Brasil e nos Estados Unidos, ser um tabu chamar alguém de negro. Os partidários do Politicamente Correto alegam que o certo é usar expressões como afrodescendente, afrobrasileiro, afroamericano etc. Ridículo!
Para começar, leia em qualquer livro de antropologia: a espécie humana se originou na África, o que faz com que, tecnicamente, até o mais loiro dos escandinavos seja um “afrodescendente”. A afrodescendência define a própria humanidade. Não faz o menor sentido usar para classificar esse ou aquele grupo.
Poder-se-ia dizer que o termo só deve ser usado para quem tem ancestrais mais próximos (pais, avós, bisavós…). Mas isso não resolve a questão. Até que nível de ancestralidade deveríamos considerar para chamar alguém de afrodescendente?
Outro ponto a se considerar: devido à colonização européia na África, muitos africanos são brancos, loiros e de olhos azuis. Então, nesse caso, quem poderia ser mais apropriadamente chamado de afrodescendente: um branco filho de um sul-africano ou um negro cuja família é toda composta por brasileiros a pelo menos 5 gerações?
Há ainda a questão da segregação. Tudo bem, chamemos os brasileiros negros de afro-brasileiros, mas e o brancos? Por que eles não são chamados de “eurobrasileiros”? Chamar os negros de afro-brasileiros (ou afro-americanos, no caso dos EUA) e os brancos simplesmente de brasileiros (ou americanos) é tratá-los como estrangeiros em sua própria terra.
Por fim vem o ponto mais importante: desde quando negro é ofensa? Ofensa é achar que a negritude é algo a ser escondido debaixo de um manto de eufemismos estúpidos! Como diria James Brown:
“Say it loud – I’m black and I’m proud” (Diga alto – Sou negro e me orgulho disto, em uma tradução livre).


Rate This


Nenhum comentário: