Revendo meus arquivos de reportagens, deparei-me com fotos
de uma manifestação realizada na Praia de Copacabana, no dia 20 de julho de
2008, onde parentes e amigos enlutados caminharam pela orla, pedindo justiça
pela morte do administrador de empresa Luiz Carlos Soares da Costa, de 36 anos,
alvejado em um confronto entre policiais militares e bandidos, na Avenida
Brasil. Lula, como era chamado carinhosamente, era vítima de um assalto seguido
de sequestro e já chegou ao hospital sem vida.
Na ocasião, sem receber qualquer tipo das supostas ajudas
financeiras, que hoje estão sendo investigadas, representantes dos movimentos
“Rio de Paz” e “Gabriela Sou da Paz”, participaram da caminhada que seguiu
durante toda a orla e de forma ordeira, a passeata foi acompanhada pelo público
e pela polícia, sem que nenhum incidente tivesse ocorrido.
Lamentavelmente, hoje, aquele movimento, não teria sido
pacífico, pois, certamente, marginais travestidos de manifestantes, jogariam
bombas, rojões, pedras, sob a égide de estarem revoltados com o episódio que
ceifou a vida de Luiz Carlos.
Agora, parentes e amigos devem se sentir acuados para
realizar outra manifestação, com medo de que o ato descambe para a violência.
Acabou-se o tempo em que se podia protestar. Para a alegria dos políticos, os
baderneiros colocaram mordaça nos verdadeiros cidadãos, que haviam acordado
depois de longos anos de sono.
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