Na década de 70, as manchetes dos jornais estampavam que,
sob a égide de fazer justiça, o “Mão Branca”, teria exterminado mais um “fora-lei”
e passados anos, estamos vendo as cenas se repetirem.
Ontem, circulou em todas as mídias, a imagem de um rapaz que
oi amarado nu, em um poste, porque, segundo relatos estava praticando furtos e
roubos nas ruas do Flamengo, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Hoje, vinte
e quatro horas depois, na notícia que causou espanto, mas, também teve comentários
favoráveis ao ato nas redes sociais, circula na Internet, um vídeo, gravado no
dia 23 de janeiro, onde um homem foi morto com três tiros, também sob a acusação
de furtos e roubos no bairro da Prata, em Belford Roxo.
É pensar, que estas cenas de barbárie, estão sendo
praticadas em uma das cidades, que mesmo sem competência, será sede de grandes
eventos. Obviamente, os especialistas dirão que fatos como estes ocorrem em
outras grandes metrópoles, mas, eu vivo no Rio de Janeiro, a cidade onde nasci
e cresci e vi ser vilipendiada ao longo dos meus 58 anos, por falta da ação do
poder público.
Começo a pensar, que quando reclamo dos buracos nas
calçadas, do poste caindo, das valas negras e outras mazelas; estou olhando
para problemas “sem a menor importância”, já vidas estão sendo ceifadas, sob os
olhos daqueles que se dizem detentores do poder. Uma lástima.A minha tia, que é
professora aposentada, mas sempre pauta em ajudar ao próximo, deve estar
horrorizada.
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