quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TRAGÉDIAS: LUZES, CÂMERAS E NENHUMA AÇÃO.


Depois da tragédia do morro o bumba, onde inúmeras vidas foram ceifadas, autoridades municipais e do governo estadual, prometeram medidas para evitar que o fato voltasse a ocorre ali e em outros lugares da cidade e do estado. Em frente às câmeras e sob a luz dos holofotes, muitas promessas foram feitas, mas, nenhuma foi cumprida. As construções irregulares continuavam e as autoridades “não viam”. Famílias de baixo poder aquisitivo, faziam seus barracos, enquanto os mais abastados faziam o mesmo construindo verdadeiros palacetes em área de risco e de proteção ambiental. Para que a mídia tivesse notícia de alguma ação, de quando em vez, um ou outro tinha uma casa derrubada, mas, a prática continuava. Esqueceram as autoridades, que a força da natureza além de implacável, é democrática e ela veio mais uma vez, retomar o que lhe fora tirado. Pobres e ricos estão passando pelo mesmo dilema, que poderia ter sido evitado, se verdadeiras fossem as declarações das nossas autoridades. Agora, depois de mais uma tragédia, teremos mais sobrevôos de helicópteros, declarações de pêsames, pedidos de desculpas, aparecerão projetos mirabolantes, verbas serão liberadas a “toque de caixa”, tudo, depois que a “porta foi arrombada”. A “miopia” dos órgãos federais, estaduais e municipais, só é “corrigida” depois das devastações. Não falo apenas do Rio de Janeiro, cidade onde nasci e resido, mais, de todo o Brasil. O número de vítimas continua aumentando e ainda não chegaram as chuvas de março, mas, as administrações dos governantes brasileiros, há muito tempo, demonstram que estão em estado de calamidade pública. Que venham as câmeras e os holofotes. José Carlos Pereira de Carvalho – Rio de Janeiro.

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