quinta-feira, 26 de abril de 2012

O RIO DE JANEIRO ESTÁ MENOS IRREVERENTE: MORRE DICRÓ.


Carlos Roberto de Oliveira, que nasceu em 14 de fevereiro de 1946, na favela do bairro de Jacutinga, em Mesquita, destacou-se na música popular brasileira, pela irreverência e letras de duplo sentido.
Companheiro de “malandros”, como Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Osmar Breque, gravou e compôs sambas que trilhavam para o bom humor. Desde criança, frequentava as rodas de samba organizadas no terreiro por sua mãe, que era “Mãe de Santo”.
O nome Dicró surgiu, segundo o poeta Sérgio Portela, de uma “mutação” na grafia de “DeCRO”, que vinha estampada em suas composições, passando para “Di CRO” e depois para a que o tornou famoso.
Sua marca registrada era falar da própria casa, principalmente das sogra, que ele dizia que parecia um “sapatão”. Em outra oportunidade, disse que mandou a sua “nega” para o inferno e o “coisa ruim” não quis aceitar.
Um dos mais fervorosos responsáveis pela criação do Piscinão de Ramos, onde tinha um trailer que reunia pagodeiros de diversos  bairros, não suportou a ganância das gravadoras, passou a produziu seus CDs, que vendia no Largo da Carioca, região Central do Rio.
Diabético, esteve internado no Hospital dos Servidores do Estado, e na noite da última quarta-feira (26), não resistiu a um infarto, depois de passar uma seção de hemodiálise no Hospital de Magé.

Deixa como legado, músicas divertidas e o bom humor de seus sambas, que animavam os churrascos das famílias no fim de semana. Hoje tem muita piada no céu. Descanse em paz.


Nota do Redator: Tive o prazer de privar de alguns momentos de Dicró. Um deles que foi quando recebeu o troféu de destaque do ano, ainda no antigo Escala, de Chico Recarey. As fotos estão muito bem guardadas.

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