É inconcebível que enquanto a insegurança que paira
sobre o Rio de Janeiro, a cada dia faz mais vítimas, literalmente inocentes,
como no caso de duas crianças, os pseudos “justos brasileiros”, continuam discutindo
a legitimidade da morte do traficante Marco Archer, que foi executado a tiros
pelas autoridades indonésias, que diferentemente de um país tropical, respeita
e defende os direitos de seu povo.
Larissa de Carvalho, de apenas quatro anos que lamentavelmente
veio à óbito e de Asafe William Costa Ibraim, de nove anos, que encontra-se em
estado grave no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, cometiam o “único erro”
de estar usufruindo de um momento de lazer com suas famílias, oportunidade rara
neste país, a não ser para os políticos.
Nosso lamento continua, quando ficamos sabendo que
a presidenta Dilma Rousseff terá uma audiência com o diplomata que estava na
Indonésia, para discutir sobre a morte de Archer, enquanto o ex-governador do
Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que “estressado”, descansa em Miami, dá sonoras
gargalhadas, obviamente entre uma e
outra taça de Vueve clicquot, quando a imprensa internacional mostra o estado
de penúria em que ele deixou o município, que aliás, está localizado bem perto
do Palácio ( e que palácio) do Governo.
Esquecem as autoridades, que existem centenas ou até
mesmo milhares de brasileiros, que estão no “pelotão de fuzilamento” aqui mesmo
no país, que agora se demonstra tão sentimentalista e para fazer esta constatação,
basta visitar hospitais, escolas, bairros sem saneamento básico, isto apenas
para começar.
Não podemos
deixar também, de imputar culpa ao povo, que na hora que detém o poder,
preferem ficar sem água, sem governo, sem hospitais, sem escola e jogam o voto fora.
Se “eles” estão aí, foi porque alguém botou digo VOTOU.
Pergunta que não quer cala: Será que os nossos políticos
cometeriam estas atrocidades se vivessem na Indonésia? Duvido, afinal, quem tem
“pescoço” tem medo.