O último exame aplicado no ano de 2010 para ingresso na Ordem dos Advogados do Brasil apresentou um resultado alarmante. Mais de noventa por cento dos candidatos foram reprovados, ficando o índice de aprovação em menos de dez por cento, num total de 116 mil inscritos. Os dados fornecidos pelo Conselho Federal da OAB mostram que estudantes do último ano de graduação, chamados de treineiros, tiveram melhor desempenho do que os diplomados. No exame anterior onde os inscritos eram cerca de noventa e seis mil, a provação chegou aos catorze por cento, segundo o cientista criminal Luiz Flávio Gomes. A má qualidade da educação básica, a má formação no ensino superior, assim como a abertura indiscriminada de faculdades de direito, contribuem diretamente para o mau desempenho. Leiam o que disse Tadeu Cometti, que é coordenador de pós-graduação no Complexo Damásio de Jesus:
“Se você pegar o corpo docente das melhores universidades de São Paulo, por exemplo, e colocá-lo para lecionar nessas faculdades de baixo índice de aprovação, os resultados não serão melhores”, aponta. Para ele, o aluno que “não tem boa formação no ensino fundamental e médio, não tem bons hábitos de leitura e não conseguirá passar no exame”.
Ricardo Castilho, diretor-presidente da Escola Paulista de direito, também mostrou sua preocupação: ““É muito difícil manter-se atualizado”, aponta. “Com a carga horária disponível hoje, de 3.780 horas, é impossível o aluno aprender tudo o que precisa para passar na Ordem”.
Nota do Redator: Lembram-se quando falei das advogadas “tipo assim, sei que lá”? Está aí a prova.
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